Michel Temer
e seus aliados parecem estar perdidos em relação a paralisação dos
caminhoneiros. Não estão compreendendo o grau de insatisfação da classe em
relação aos abusivos aumentos de preços dos combustíveis, em especial, é claro,
do diesel.
O diesel subiu
do ano passado para cá mais de 40 centavos o litro, passando de R$3,09 para R$3,55.
Em relação aos últimos 10 anos (2008-2018) o preço deste combustível
praticamente dobrou, passando de R$ 1,88 para R$3,55 (UOL Economia - fev. 2008, disponível https://economia.uol.com.br/ultnot/infomoney/2008/03/18/ult4040u10599.jhtm).
Enquanto
isso, as declarações dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Sergio
Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Raul Jungmann (Segurança
Pública) estão completamente distantes da realidade. Ao mesmo tempo em que os
ministros afirmam que a maioria dos caminhoneiros deseja o fim da paralisação, redes
sociais e declarações na TV dão mostras do contrário, inclusive com milhares de trabalhadores urbanos, agricultores,
pecuaristas apoiando o movimento.
No Rio Grande
Sul, populações de cidades como Bagé, Uruguaiana e tantas outras que dependem
da produção agrícola, estão participando das paralisações e ocupações de
rodovias. A insatisfação não é só em relação ao frete, mas na insignificância de
suas receitas cada vez que os combustíveis são reajustados.
Michel Temer
e aliados parecem desconhecer que o encarecimento dos combustíveis reflete no
aumento dos preços de praticamente todos os itens, principalmente em regiões
que dependem da produção agrícola, que muitas vezes ficam distantes dos polos
industriais, o que encarece o preço do frete dos produtos, como as referidas
cidades gaúchas.
Mas será que
o problema é somente o governo Michel Temer ou essa é uma forma de trato de
classes elitistas em relação aos trabalhadores?
Espero que
nas eleições deste ano, políticos de partidos como o de Temer (MDB, PSDB, DEM, PP) abandonem para
sempre o governo federal.
J. Mercúrio
Está sem combustível...
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