terça-feira, 29 de maio de 2018

Temer e a Paralisação dos Caminhoneiros


Michel Temer e seus aliados parecem estar perdidos em relação a paralisação dos caminhoneiros. Não estão compreendendo o grau de insatisfação da classe em relação aos abusivos aumentos de preços dos combustíveis, em especial, é claro, do diesel.

O diesel subiu do ano passado para cá mais de 40 centavos o litro, passando de R$3,09 para R$3,55. Em relação aos últimos 10 anos (2008-2018) o preço deste combustível praticamente dobrou, passando de R$ 1,88 para R$3,55 (UOL Economia - fev. 2008, disponível https://economia.uol.com.br/ultnot/infomoney/2008/03/18/ult4040u10599.jhtm).

Enquanto isso, as declarações dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Raul Jungmann (Segurança Pública) estão completamente distantes da realidade. Ao mesmo tempo em que os ministros afirmam que a maioria dos caminhoneiros deseja o fim da paralisação, redes sociais e declarações na TV dão mostras do contrário, inclusive com  milhares de trabalhadores urbanos, agricultores, pecuaristas apoiando o movimento.

No Rio Grande Sul, populações de cidades como Bagé, Uruguaiana e tantas outras que dependem da produção agrícola, estão participando das paralisações e ocupações de rodovias. A insatisfação não é só em relação ao frete, mas na insignificância de suas receitas cada vez que os combustíveis são reajustados.

Michel Temer e aliados parecem desconhecer que o encarecimento dos combustíveis reflete no aumento dos preços de praticamente todos os itens, principalmente em regiões que dependem da produção agrícola, que muitas vezes ficam distantes dos polos industriais, o que encarece o preço do frete dos produtos, como as referidas cidades gaúchas.

Mas será que o problema é somente o governo Michel Temer ou essa é uma forma de trato de classes elitistas em relação aos trabalhadores?

Espero que nas eleições deste ano, políticos de partidos como o de Temer (MDB, PSDB, DEM, PP) abandonem para sempre o governo federal.

J. Mercúrio
Está sem combustível...

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