segunda-feira, 24 de junho de 2019

Duplipensar: Paz e Armas são Compatíveis? (Vídeo)


Duplipensar: Paz e Armas são Compatíveis?
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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Duplipensar: Paz e Armas são compatíveis?


Nossos dias estão tão estranhos que se tornou 'normal' defender o uso de armas como uma forma de garantir a paz. Alegações como "quero uma arma para me defender" ou "se um bandido pensar que eu posso estar armado, ele não vai me assaltar" se tornaram quase a regra nos argumentos de defesa da liberação da posse e do porte de armas por civis.

Isso me faz lembrar o livro "1984" de George Orwell. Nesta obra, o autor retrata uma sociedade que é controlada por um regime totalitário. O regime descrito por Orwell defendia que "a guerra é a paz, a liberdade é a escravidão, a ignorância é a força". Loucura? Mas o discurso do governo de "1984" era aceito pela população daquela realidade. Como?

Para compreender como isso é possível, Orwell criou o conceito de duplipensar. Duplipensar é acreditar em duas verdades que são opostas, contraditórias, e esforçar-se para manter as duas "verdades" válidas, mesmo que uma contradiga a outra. Para que o duplipensar seja conscientemente aceito pela pessoa é necessário se criar numa série de pequenas mentiras que garantam a ligação entre as duas "verdades".

Somente desta forma é possível imaginar que armar a população irá eliminar a violência. Só desta forma é possível imaginar que um educador ofereceria uma "mamadeira de piroca" para uma criança. Só o duplipensar permite aceitar que um juiz se alie com um promotor público contra um réu.

Justino Mercúrio
"Crê na verdade e a verdade vos libertará".